terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A história do Kung Fu


É um sistema de luta desenvolvida na china.Surgiu das observações dos animais. Porém, niguém sabe ao certo quando surgiu.Embora já tenha mais de 2.000 anos, a verdade nele continua novinha porque,vai se adaptando de tempos em tempos como uma arte tradicional.
A história do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e puramente factual quase impossível. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria das histórias passam de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para comprovar. Sendo assim, tentarei cortar muito dos mitos e apresentar um relato claro. Se um relato for puramente lenda, será registrado como tal aqui.

Os Primórdios

Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da dinastia Shang (1766-1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate.
Ch’uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens.
O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch’uan yung, e a arte começou a florescer.
O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado no Sun-tzu (Livro das Guerra), “Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro”. Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o jujutsu japônes).
As dinastias Ch’in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. – 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch’iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a filosofia de luta.
Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T’o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T’o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch’ien. As obras de Hua T’o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.
O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.

A Lenda de Bodidharma

BodhidharmaDurante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma.
Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).
Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.
Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.
Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.
Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam consideravelmente. O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan, afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte para o reino de Wei. Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma, segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483 d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional.
Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim).
Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: “Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?”Bodhidharma replicou: “Nenhuma!” (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.
Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung.
Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch’an. A lenda diz que além de formar o ch’an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.
É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo – exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).
O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch’i (energia interior).
Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na capacidade de fluir o ch’i.
O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung. No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.
Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias artes:
Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver músculos e posturas fortes.
Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance.
Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo alcance.
Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance.
Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu, este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos.
O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça azul, o leopardo e a serpente.
A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito alongado (chang ch’uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho curto (tuan ch’uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de chutes.
O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e força, especialmente na parte inferior do corpo. O método do leopardo exibe golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.
A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos cinco animais (wu-chia ch’uan), já que desenvolve a misteriosa energia intrínseca chamada ch’i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.
O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês, desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna e umas 28 séries de armas.
O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo, exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.)
Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin, como muitos acreditam. Em vez disso, o Kung Fu começou a florescer através da influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).
Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era difícil de se mover com rapidez.
Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus ataques e defesas.
Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu Shaolin são a palma de ferro (t’ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com a força da morte. Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade mortífera.
A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno usam mais o ch’i (energia interior) do que condicionamento físico.
Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos; contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.

O Nascimento do Wushu

Zhao Qing Jian
Com o Kung Fu Shaolin firmemente plantado no solo da China, a arte diversificou-se em milhares de estilos familiares distintos.
Durante a dinastia Sung (960-1279 d.C.), houve um grande aparecimento da sociedade de Kung Fu, nem todas promovendo boas ações. Sociedades tais como os Dragões Negros ou as Tríades eram muito fechadas – quase como famílias. Seus objetivos iniciais não são claros, mas com o poder vem a corrupção, e muitas sociedades de Kung Fu voltaram-se para o crime. Não era raro encontrar um mestre de Kung Fu de uma determinada escola (kwoon) ou província vagando de vilarejo em vilarejo, testando sua habilidade. Muitas vezes havia duelos até a morte. Além de lutas mortais, havia muitas demonstrações públicas para atrair novos praticantes. De acordo com a crônica da capital de Kaifeng, estes “shows de rua” eram muito populares.
Na dinastia Ming (1368-1644 d.C.), o Kung Fu era conhecido historicamente como chi yung e a arte floresceu, especialmente no Sul da China. Os estilos de Shaolin do Sul concentravam-se no templo Shaolin, na província Fukien. Wang Lang da província de Shang-tung criou o famoso estilo Louva-a-Deus (Tang Lang), baseado nos movimentos do inseto de mesmo nome.
Os estilos da garça branca (pao-hoc) e do macaco (tsitsing pi qua) surgiram também. Talvez, o maior evento internacional durante este período tenha sido a introdução do Kung Fu no Japão. Ch’en Yuan-ping viajou ao Japão e introduziu o ch’in-na, uma forma de manipulação das juntas que acrescentou muito ao Jujutsu japonês. A maior documentação histórica desta era ocorreu quando Qi Jiguang, um conhecido general, compilou um livro tratando de 16 diferentes estilos de exercícios com as mãos desarmadas e umas 40 técnicas com lança e bastões de três partes. Ele criou também uma série completa de teorias e métodos de treinamento, dando assim grandes contribuições ao Kung Fu.
Quando os Manchus derrubaram a dinastia Ming em 1644, eles estabeleceram a dinastia Ch’ing, que caiu em 1911. O Kung Fu era chamado de pai ta, e 18 sistemas de armas para combate foram praticados. Sociedades secretas floresceram, especialmente a Sociedade da Lótus Branca, que era enfatizada no taoísmo. As sociedades da dinastia Ch’ing eram organizações que desejavam derrubar os Manchus ou afastar as influências européias ocidentasis de seu país.
Muitas sociedades ensinavam a seus membros que suas técnicas de Kung Fu os tornariam invencíveis, mesmo para balas de armas de fogo. Isto provocou a Rebelião dos Boxers (chamados “boxers” pelos estrangeiros, porque os chineses enfrantavam as balas desarmados). Naturalmente, mãos desarmadas não enfrentam balas, e a rebelião foi esmagada. Isto trouxe desrespeito para a validade do Kung Fu. Durante esta era, os métodos de Kung Fu interior (nei-chia) começaram a se tornar populares.
A era comunista foi introduzida depois da queda dos Manchus. O Kung Fu agora passava a chamar-se wushu ou kwo su. Poderosos chefes guerreiros, como Feng Yu-hsiang, treinavam seus soldados com Kung Fu, desenvolvendo muito respeito à arte.
Em 1949, a República Popular da China foi fundada, e muito tem sido feito desde então para promover o Kung Fu. Velhos métodos de luta voltaram a ser usados, e novos foram criados. Grupos de mestres foram formados para combinar e restabelecer vários métodos antigos, e o Wushu nasceu.
Só no final da década de 1960 que o Kung Fu começou a ser ensinado para os ocidentais, e arte se torna cada vez mais popular em todo o mundo.
Nota: O registro histórico chinês menciona, pela primeira vez, o Kung Fu no ano de 2674 a.C., ou seja, 4.676 anos já se passaram desde esse registro até o ano de 2002.
Fonte: Livro Segredos do Kung Fu

A História do Wushu

Muitas pessoas, inclusive que praticam artes marciais chinesas, ainda se perguntam o que é Wushu. Wushu é a palavra mandarim para artes marciais, e é a expressão usada na China. Os ocidentais estão mais familiarizados com o termo Kungfu que na verdade se traduz literal e simplificadamente como “habilidade”. Wushu é um esporte tradicional chinês que se atenta tanto para exercícios externos como internos, com movimentos de luta e seus principais conteúdos. O Wushu inclui o Taolu (rotinas de exercícios) e Sanshou (luta).
O Wushu Moderno, ou o que as pessoas chamam de Wushu Contemporâneo, é baseado nas artes marciais chinesas tradicionais. Entretanto o Wushu Moderno só foi criado nos anos 1950. O Presidente Mao determinou que o velho deveria servir ao novo e instruiu os mestres tradicionais de Wushu a criar um esporte novo para a sociedade socialista moderna.

A formação e o desenvolvimento do Wushu

Para entender como o Wushu Moderno se desenvolveu precisamos examinar como a sociedade influenciou a prática das artes marciais. Wushu, um esporte há muito respeitado na China, remonta aos tempos dos clãs nas sociedades primitivas.
Nas Dinastias Shang e Zhou o Wushu serviu como treinamento para os soldados e também se tornou parte da educação física na formação dos estudantes nas escolas.
Na Primavera, Outono e Períodos dos Estados Combatentes as aplicações de técnicas de luta nas batalhas foram muito enfatizadas. Para escolher soldados o Jiao – exame de luta – acontecia todos os anos na primavera e outono e a atividade de luta com espada ficou muito popular.
Nas Dinastias Qin e Han esportes “dançantes” similares a rotinas de exercícios (como de espada facão, espada reta, “punhal-machado” dagger-axe, “alabarda dupla” double-halberd) apareceram sucessivamente.
Durante as Dinastias Tang e Sung muitas organizações civis surgiram, e foram introduzidos os árbitros. Regras simples para as competições já estavam em vigor e os vencedores eram agraciados com prêmios generosos.
As Dinastias Ming e Qing foram uma era de florescimento para o Wushu, com várias escolas e diferentes estilos.
Em 1928 o Instituto Central de Wushu foi criado em Nanjing pelo governo. Como conseqüência institutos locais de Wushu foram criados em províncias, cidades e condados. Dois encontros de Wushu foram promovidos pelo Instituto Central de Wushu em 1928 e 1932 em Nanjing.
Em 1936 a Delegação Chinesa de Wushu foi organizada para visitar o sudeste da Ásia. No mesmo ano nove membros da equipe chinesa de Wushu deram uma demonstração em Berlim nos XI Jogos Olímpicos. Desde 1936 muitos dos nove membros infelizmente faleceram, mas alguns ainda estão vivos e desejando que o Wushu se torne parte dos futuros Jogos Olímpicos.

O Atual Desenvolvimento do Wushu Moderno

Desde a fundação da República Popular da China o Wushu se tornou um componente da cultura socialista e do desenvolvimento físico e esportivo das pessoas, tendo se desenvolvido espetacularmente. No começo dos anos 1950 muitos notáveis experts em artes marciais tradicionais como Zhang Wen-Guang, Wang Zi-Ping, Sha Guo-Zeng e Chai Long-Yun revisaram as artes marciais tradicionais chinesas para desenvolver o Wushu Contemporâneo.
As bases do Wushu Contemporâneo foram os estilos do Shaolin do Norte, Cha Quan, Hua Quan, Hong Quan e muitos outros. Sob a direção do Presidente Mao o novo esporte não enfatizou o combate, mas a saúde, o exercício e o desenvolvimento atlético. Entretanto era importante ser capaz de demonstrar intenção e espírito de luta.
Em 1953 uma Demonstração e Competição Nacional de Esportes Tradicionais aconteceu em Tianjin, na qual o Wushu foi predominante. O Wushu entrou como curso formal nos institutos locais de esporte e departamentos de educação física. Em 1956 a Associação Chinesa de Wushu foi criada em Beijing e assim o Wushu se tornou um evento oficial de competições.
O primeiro rascunho das regras de competição para o Wushu foram compiladas pela Comissão de Cultura Física e Esportes do Estado em 1958. Rotinas de exercícios como os simplificados Taijiquan, Changquan, espada facão, espada reta, lança, e bastão avançados, intermediários e para iniciantes foram publicados sucessivamente, o que ajudou muito a popularidade e promoção do Wushu. Políticas genéricas e específicas para o desenvolvimento do Wushu nesse novo período histórico foram definidas na Primeira Conferência Nacional de Wushu que aconteceu em 1982 e levou o desenvolvimento do Wushu a um novo clímax.
Sob a orientação da Comissão de Cultura Física e Esportes do Estado e a Associação Chinesa de Wushu associações, escolas, sociedades, sociedades de pesquisa, equipes de escolas amadoras de esportes e centros de treinamento de Wushu se estabeleceram em muitos condados e todas províncias, cidades e regiões autônomas formando uma vasta rede para atividades de massa de Wushu um largo caminho para o desenvolvimento do Wushu.
Todas as escolas tornaram o Wushu parte do programa de educação física. Sociedades e equipes foram formadas em algumas faculdades e universidades. Programas de graduação foram estabelecidos em alguns Institutos de Educação Física e para trazer graduandos e pós-graduandos para o Wushu. O mestrado em Wushu foi criado em abril de 1996. Aprovado pelo governo em 1986 o Instituto Chinês de Pesquisa de Wushu foi criado como uma corporação de alto nível para a condução técnica e acadêmica das pesquisas em Wushu.
Para herdar e desenvolver esse precioso legado cultural uma investigação de nível nacional foi feita revelando a situação do Wushu na China nos últimos quinze anos. Os trabalhos de escavação, coleta e conferência foram frutíferos. Nessas bases os livros “Esboço Detalhado da História Chinesa do Wushu” e “Registro do Pugilismo e Armoaria Chineses” foram compilados e publicados.
Todos os avanços do Wushu Moderno foram feitos somente nas formas competitivas. Somente recentemente o Sanshou (luta) foi incluído nos eventos nacionais. A experimentação com competições de luta começaram em 1979, que se tornaram eventos competitivos oficiais em 1989.
Para fazer uma contribuição para a saúde e bem estar de todas as pessoas e dedicar o Wushu como um novo evento esportivo para o mundo, foi feita uma promoção do Wushu no exterior através de projetos do tipo passo-a-passo desde 1983.
Os governos central e local freqüentemente enviaram delegações, equipes, instrutores e experts em Wushu ao exterior para dar palestras e fazer demonstrações.
O primeiro Torneio-convite Internacional de Wushu aconteceu em Xian em 1985 e o Comitê Preparatório para a Federação Internacional de Wushu foi formado. Em 1986 o segundo Torneio-convite Internacional de Wushu aconteceu em Tianjin.
Em 1987 o primeiro Campeonato Asiático de Wushu aconteceu em Yokohama, Japão, e a Federação de Wushu da Ásia foi criada.
No ano de 1988 aconteceram em Hangzhou e Shenzhen o Festival Internacional de Wushu da China, a Competição Internacional de Rotinas e o Torneio Internacional de Wushu de Desafios de Luta, o que tornaram o Sanshou formalmente reconhecido na arena internacional de Wushu.
O Segundo Campeonato Asiático de Wushu aconteceu em Hong Kong em 1989. Em 1990, nos XI Jogos Asiáticos em Beijing, o Wushu foi introduzido como evento competitivo oficial. As equipes de Wushu de onze países e regiões participaram das competições. A Federação Internacional de Wushu foi criada no mesmo ano.
O Wushu não só foi muito desenvolvido em seu local de nascimento – a China – como também o grande objetivo de “levar o Wushu chinês para o mundo” está sendo gradualmente realizado.

O Wushu Moderno na Arena Internacional

Com os esforços comuns feitos nos últimos dez anos a Federação Internacional de Wushu se tornou uma organização influente no mundo, com 77 membros de cinco continentes. Estamos felizes pelo fato da FIW ter sido oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em junho de 1999, e agora somos membros da família da COI. Sessenta e quatro anos se passaram desde que aqueles nove membros foram à XI Olimpíada. Os membros sobreviventes ficarão felizes em ouvir essa ótima notícia.
Atualmente a Federação Internacional de Wushu organizou cinco campeonatos mundiais na China, Malásia, EUA, Itália e Hong Kong, respectivamente. O campeonato mundial (Taolu e Sanshou) acontece a cada dois anos e é um evento reconhecido pela Federação Internacional de Wushu. O sexto campeonato mundial de Wushu será na Armênia em outubro de 2001. Nesse campeonato serão acrescentadas cinco novas rotinas compulsórias que foram aprovadas pelos comitês técnico e executivo da FIW.
As regras para a competição internacional de Taolu, sancionadas em 1997, cobre os as competições de Taolu e são as seguintes:
A. Somente rotinas compulsórias serão permitidas nas competições.
Se uma rotina opcional for apresentada não será pontuada.
1. Homens – competição individual
a. Rotina de mãos livres: Changquan, Nanquan, Taijiquan – somente uma
b. Rotina de armas curtas: Daoshu, Jianshu, Nandao, Taijijian – somente uma
c. Rotina de armas longas: Qiangshu, Gunshu, Nangun – somente uma
2. Mulheres – competição individual:
a. Rotina de mãos livres: Changquan, Nanquan, Taijiquan – somente uma
b. Rotina de armas curtas: Daoshu, Jianshu, Nandao, Taijijian – somente uma
c. Rotina de armas longas: Qiangshu, Gunshu, Nangun – somente uma
Nota: Tanto as rotinas originais quanto as novas (Changquan, Daoshu, Jianshu, Qiangshu and Gunshu) serão aceitas na competição de Taolu no sexto Campeonato Mundial, o que significa que cada competidor pode escolher entre as rotinas compulsórias nova e a original dentre os cinco eventos para competir.
B. Eventos demonstrativos – todos os eventos fora das categorias competitivas.
Somente um dos seguintes:
1. Eventos solo
2. Eventos em dupla
A partir de agora os campeonatos mundiais serão conduzidos de acordo com as Regras para Competições Internacionais de Taolu e Regras para Competições Internacionais de Sanshou sancionadas em 1997. (Este é o mais completo conjunto de padrões e regras disponíveis e você pode encontrar muitos outros requisitos)
Por exemplo, mas Regras para Competições Internacionais de Taolu o limite de tempo para performances:
1. Para das rotinas de Changquan, Nanquan, Daoshu, Jianshu, Qiangshu, Gunshu, Nandao e Nangun, a duração da performance não pode ser menor do que 1 minuto e 20 segundos.
2. A duração da performance deve ser de 5-6 minutos para uma rotina de Taijiquan e 3-4 minutos para uma rotina de Taijijian, com o juiz principal soando um apito no quinto minuto para ao primeira forma e no terceiro minuto para a segunda.
3. Outros eventos: a duração da performance não pode ser menor que um minuto para eventos solo e 50 segundos para eventos em dupla.
Em 1995 o terceiro Campeonato Mundial aconteceu em Baltimore, Maryland. O Wushu Moderno se tornou mais popular nos EUA nos últimos cinco anos.

Wushu Moderno nos Estados Unidos

É importante lembrar que até a visita de Nixon à China em 1972 a Guerra Fria tinha mantido a China fechada para a América e para o Ocidente. Conforme as portas do país foram se abrindo o Wushu se tornou uma forma dos chineses fazerem amigos com o resto do mundo. Em 1974 a China enviou sua equipe nacional com três técnicos e 32 atletas aos Estados Unidos em um gesto de amizade. O Presidente Nixon e o Secretário de Estado Henry Kissinger convidaram a equipe para o jardim de rosas da Casa Branca. O Jovem membro da equipe Jet Li (Li Lian-ji) e outros fizeram uma demonstração na Casa Branca.
A equipe também esteve no Havaí de 23 a 25 de junho, em São Francisco de 28 de junho a 1° de julho, em Nova York de 4 a 7 de julho e em Washington DC de 10 a 13 de julho. Muitos artistas marciais foram inspirados pela beleza, dificuldade e movimentos acrobáticos do Wushu Moderno. Hoje alguns dos antigos membros da equipe vivem nos EUA. Dentre eles está o técnico Zhang Ling-Mei, a capitã da equipe femininna Chen Dao-Yun, e os ex-membros da equipe Ho Wei-Qi, Cheng Ai-Ling, e o famoso astro de filmes de kung fu, Jet Li.
Atualmente a equipe Americana de Wushu participou de todos os cinco Campeonatos Mundiais e nos três Campeonatos Panamericanos ganhando muitas medalhas tanto nos eventos de Taolu quanto de Sanshou. A equipe americana tem muitos atletas ganhadores de medalhas e técnicos experientes de Wushu Moderno.
Vamos aguardar ansiosamente pelo futuro do Wushu Moderno nos Estados Unidos e lembrar que para onde quer que o Wushu vá no futuro dependerá da sua contribuição e suporte.
Fonte: (*) Este artigo foi originalmente publicado em www.martialarts.com
Traduzido por Mariana Nascimbem Blaser

Armas Chinesas


Elas são tão importante para o atleta de Kung Fu quanto suas armas naturais (pernas e mãos). Tradicionalmente as armas eram ensinadas aos praticantes que já tinham um certo nível de habilidade em formas de mãos.

Armas Chinesas

Armas Chinesas

Armas do Kung Fu

As armas devem ser uma extensão natural do corpo e devem ser utilizadas de acordo com as suas características especificas.

Facão

O Facão é chamado o marechal de todas as armas. Ele é vigoroso e rápido em defesa e ataque assim é comparado a um “tigre feroz”.
As técnicas principais do Facão incluem mudança, corte, furar, erguer, perfurar, bloquear, empurrar e bater. Quando você tem prática de facão a cooperação entre o facão e as mãos é muito importante e ambas as mãos têm que estar coordenadas para manter o equiíbrio. O Facão exige treinamento rigoroso e constante prática. O facão e o corpo também devem ser consistentes. O facão necessita sempre estar ao redor seu corpo, e suas mãos, pés, ombros, e braços viram junto com ele.

San Tie Kwan

O San Tie Kan é uma das armas arquetípicas de kungfu. Sua criação é atribuída para o Primeiro Imperador de Song.
De acordo com lenda, o imperador tinha um bastão favorito que foi quebrado em três partes durante a batalha. Mas mesmo assim ele continuo a lutar e bater nos oponentes com os pedaços quebrados juntos.
O San Tie Kan hoje é feito de três cabos firmados junto através de ligações de corrente . O cabos normalmente tem rolamentos e borracha de espuma para facilitar a prática.

Espada

A espada imperial (espada reta) é chamada de o “cavalheiro de todas as armas”. É amplamente usada e sua influência vai além do Wushu. Toda escola de Wushu usa a espada como a arma básica para treinamento rigoroso.
As espadas foram usadas originalmente na China em sacrificios a deuses ou antepassados. No período dos estados combatentes a espada imperial foi muito utilizada por toda a sociedade chinesa. A espada hoje em dia está ágil, elegante, fácil e graciosa. Os seus movimentos são flexíveis e variáveis e completam um ao outro. As técnicas principais incluem bater, perfurar, girar, erguer, saltar, cortar e lutar bloqueando e atacando..

Bastão

O Bastão, sendo o instrumento mais fundamental de defesa, é conhecido como o pai de todas as armas. No Kung Fu é mais comum que o bastão vá até a altura das sombrancelhas, mas há muitas variações.
São construídos bastões de cera branca, madeira, e ocasionalmente ferro. Às vezes eles são aperfeiçoados com metal na ponta para aumentar o peso para treinar.

Lança

A lança é chamada de a rainha de todas as armas. É a principal arma longa de Wushu. A lança era a arma militar mais utilizada.antigamente e com isso sua técnica foi desenvolvida. As características principais da lança são flexibilidade junto com movimentos de corpo, leveza e agilidade, rapidez e firmeza em saltos e cambalhotas. Os movimentos são claros e o truques são práticos. A lança é comparada ao ” dragão ” voador. Praticar com lança é muito difícil, mas tem um grande efeito no fortalecimento físico.
As técnicas básicas de lança incluem estocar, empurrar, circular, bloquear, apontar, cutucar. Quando se pratica é aconselhável segurar a lança firmemente e flexibilidade dando estocadas rápidase focadas nos pontos vitais. Este é um das habilidades básicas importantes da lança. Quando segurar a lança, ela deve estar perto de sua cintura para apoio de forma se possa executar os movimentos mais facilmente.

Conheça os principais de templos de Kung Fu


Havia 5 templos principais no ápice da Ordem Shaolin, embora raramente esses templos estivessem ativos ao mesmo tempo.

Henan

Este é “o” templo Shaolin visto nos filmes chineses de kf, e o retratado na série de kung fu da TV ABC nos anos 1970. As dependências físicas localizadas em Loyang, uma pequena cidade montanhesa no sudoeste de Beijing, foi restaurado pelo governo chinês no meio dos anos 1970 (o templo foi destruído como resultado da Rebelião dos Boxers de 1901, mas não provavelmente antes do final dos anos 1920) e subseqüentemente se tornou uma Meca do turismo e das artes marciais. A maioria dos “monges” residentes são atores similares às pessoas que você encontraria na Williamsburgo Colonial e outros lugares históricos. Durante a maior parte de sua história o templo de Henan foi a moradia dos mais experientes monges da Ordem Shaolin.

Fukien

Provavelmente foi construído ao mesmo tempo que o templo de Henan, mas originalmente foi o principal templo budista até o começo do séc. XV. Esse templo foi integrado à Ordem Shaolin por volta de 650 d.C.. Maior do que o templo de Henan, Fukien serviu como “quartel-general” nos momentos em que Henan estava destruído ou sob ameaça. Os estilos do sul do louva-a-Deus, da serpente, do dragão e Wing Chun foram todos desenvolvidos no templo de Fukien ou por seus mestres. O templo foi queimado durante a Rebelião Boxer e seus restos foram descobertos no começo dos anos 1980.

Kwangtung

Templo da serpente que ensinou muitos grandes guerreiros nos estilos do sul. O templo foi construído como um templo Shaolin no final do séc. XVI em uma área montanhosa com vista para o oceano perto de Xangai. Esse templo cantonês ficava perto de Fukien (aproximadamente 240 kilômetros a sudoeste), e originou muitos estilos do sul como Choy Li Fut e o dragão (os estilos eram freqüentemente originados em um lugar e modificados em outros). Foi bombardeado durante a guerra civil que se seguiu à Rebelião dos Boxers.

Wutang

Templo do tigre. Localizado perto da cidade de Wutang. Foi construído numa área instável politicamente (perto da Manchúria e da península coreana). Provavelmente é o templo que mais se envolveu nos eventos temporais, e conseqüentemente era freqüentemente assediado por um exército ou outro. Monges mercenários, incluindo Bok Lei, Hung Si Kuan e Bok Mei vieram de Wutang, mudando eventualmente apara Henan (e portanto envolvendo a Ordem Shaolin em incursões políticas maiores). É um templo muito antigo, integrado à Ordem Shaolin por volta de 800 d.C.

O Mei Shan

(literalmente “A Grande Montanha”) Templo do norte com grande biblioteca e predominância nos estudos medicinais. Esse templo era localizado numa área inacessível da província de Szechuan e importava monges como muitos institutos de pesquisa de hoje. O templo era muito antigo, provavelmente de origem taoísta. Foi integrado à Ordem Shaolin por volta de 1500 d.C.. O templo mantinha contato íntimo com o Tibet. É o templo da garça, que foi uma grande “escola” de medicina por quatro séculos com bibliotecas cheias de tomos originários do Oriente e do Ocidente. As construções eram usadas para a prática de artilharia pelos exércitos tanto de Shang Kai Shek quanto de Mão Tze Tung, mas foi restaurado no começo dos anos 1970. Hoje o templo serve como quartel-general do centro de serviços de conservação para a floresta de bambu de Szechuan, e centro de pesquisa dos pandas.
Os quatro primeiros templos marcavam no antebraço a ferro quente o tigre e o dragão nos braços esquerdo e direito respectivamente de seus monges. O templo O Mei Shan tinha o louva-a-Deus e a garça nos antebraços direito e esquerdo.

Estrutura dos Templos

Descrição da graduação
O Shaolin tinha uma estrutura de classe limitada com três níveis principais: estudantes, discípulos e mestres. Na base estava o estudante, que continha a maioria dos indivíduos. Os membros desse grupo preparavam as refeições, lavavam as roupas e faziam as outras tarefas domésticas e trabalhos manuais. Essa era a sua posição para que eles aprendessem humildade e respeito, mas também prover aos mestres uma oportunidade de observar os potenciais protegidos antes de lhes confiar qualquer habilidade marcial. Aquele que tivesse entrado antes de você e ainda estivesse na sua classe era um irmão ou irmã mais velho.
A próxima classe do Shaolin era composta de discípulos. Eles eram estudantes que demonstraram ter merecimento para aprender as artes marciais do templo. Depois da entrada nessa classe eles ficavam de dois a quatro anos no estudo exclusivo das artes Shaolin de guerra e medicina, tendo já recebido seu treinamento básico em filosofia como estudantes, tendo aprendido os princípios da ética Shaolin. Como discípulos seu tempo deveria se prestar a viver essa ética, servindo de exemplo para os outros que os seguirão.
Acima dos discípulos estavam os mestres, a quem tinha sido concedido o status de monges completos do templo. Esse título lhes foi concedido porque eles aprenderam completamente um sistema de artes marciais de seu templo e o aperfeiçoaram, atingindo portanto maestria técnica. Eles também foram bem sucedidos no aprendizado da filosofia do templo bem o suficiente para ensinar o que aprenderam. De fato era essa a sua função no templo. Eles eram os “distribuidores de conhecimento” à classe dos estudantes. Entre eles havia níveis de excelência que indicavam sua proeza marcial e sua compreensão da filosofia Shaolin.
O título de “grão-mestre” não é uma hierarquia tradicional, mas um termo modificado para indicar que o mestre também ensinou estudantes que atingiram o grau de mestre. Não havia teste ou pré-requisito formal para o uso desse título, e os grão-mestres raramente o usavam para se referirem a si mesmos.
Títulos
Esses são os títulos em mandarim:
Masculino Feminino
Estudante junior shidi shimui Faixa branca
Estudante sênior shihing shimei Faixa branca
Discípulo shisuk shigoo mei Faixa preta, 1º-2o
Instrutor shifu shimoo Faixa preta, 3º-4º
Instrutor sênior sibok shidigoo Faixa preta, 5º
Mestre sigung shipoo Faixa dourada, 5º-7º
Grão-mestre shidaigong shidaipoo Faixa vermelha, 8º e acima
Esses são os títulos em cantonês:
Masculino Feminino
Estudante junior sidi simui Faixa branca
Estudante sênior sihing simei Faixa branca
Discípulo sisuk sigoo mei Faixa preta, 1º-2o
Instrutor sifu simoo Faixa preta, 3º-4º
Instrutor sênior sibok sidigoo Faixa preta, 5º
Mestre sigung sipoo Faixa dourada, 5º-7º
Grão-mestre sidaigong sidaipoo Faixa vermelha, 8º e acima
Hierarquia
Há quatro cores tradicionais nas faixas Shaolin (a hierarquia dos mestres é dividida entre o dourado fosco e tons fortes de vermelho):
• Faixa branca: estudante
• Faixa preta: discípulo
• Faixa dourada: mestre em armas, mestre básico desarmado
• Faixa vermelha: mestre desarmado, nível de monge
Uniforme básico é branco com as cores usadas abaixo como enfeite:
• Choy Li Fut: tira bronze, símbolo de cavalos
• Garça: tira branca, símbolo da garça
• Garça branca tibetana: tira azul claro
• Serpente: tira esmeralda, origem desconhecida
• Dragão: cor do estilo do dragão
• Serpente: tira verde escuro
• Tigre: tira vermelha, símbolo de saúde física
O que é um discípulo?
Os estudantes ficavam curiosos do porquê alguns usavam faixa preta e outros não, embora tivessem um processo marcial similar. Perguntaram ao mestre e sua resposta foi lúcida.
“O que é uma faixa preta? Agora vocês sabem que significa ser um discípulo, o que se provou durante um período de treinamento rigoroso. Ele é dedicado, leal, versado e acima de tudo confiável. Tão confiável, de fato, só eles na organização têm hierarquia que expira anualmente a não ser que provem ainda ser confiáveis.
“Não é um prêmio automático. Não há requerimentos físicos específicos para todos. A quantidade de formas é irrelevante. Os elementos intangíveis são os mais importantes nessa promoção. Tomar responsabilidade pela vida e ações de alguém; a habilidade de respeitar e confiar; a habilidade de ser amigo, conselheiro, irmão ou companheiro de treino. Dos aproximados 3000 estudantes nesse pai somente alguns chegaram à faixa preta.
“Eles fazem mais do que o que você pede, vendo as tarefas não como deveres mas como desafios dos quais se tira lições. Eles sacrificam tempo e esforço. Ao invés de negligenciarem o trabalho ou escola eles aprendem a cultivá-los com seu Kung Fu. Eles são competentes nos campos escolhidos e usam seus conhecimentos para ampliar a sua competência. Eles não esquecem os princípios filosóficos depois de cada classe; eles os VIVEM. E eles perseveram, mesmo – e ESPECIALMENTE – quando as coisas ficam difíceis.
“Eles lideram, não através de intimidação ou hierarquia, mas através de compaixão e respeito. São modelos, e as pessoas aberta e genuinamente os respeitam. E eles aprendem, sempre.”
O estudante refletiu sobre essa resposta por algum tempo. Ele observou os estudantes seniores e os novos discípulos trabalhar, e então os observou no tempo livre. Com o tempo ele viu a diferença de atitude daqueles que agiam com total compreensão de suas ações e aqueles que lutavam desesperadamente contra uma corrente externa.
Finalmente ele entendeu o porquê da estrutura hierárquica Shaolin. Você não poderia ser considerado digno, mas você conclui que você está sendo digno. Quão sutil! Quão apropriado. Quão Shaolin.

A Vida no Templo

Seria difícil descrever um dia “comum” na vida de um monge Shaolin “comum” porque como na maioria das outras atividades humanas cada dia e cada vida era diferente. O que podemos tentar é um tour pelo templo (baseado numa história oral do templo de Cantão) como existia até por volta de 1915. As características são generalizadas, mas têm a intenção de dar uma idéia de como realmente era.
A região externa ao templo contém uma variedade de jardins agriculturais onde a maioria da comida dos monges era plantada. Os muros frontais, entretanto, eram ajardinados de forma a refletir os conceitos Shaolin de paz e harmonia. Pinheiros e bambus são cuidadosamente colocados na linha de aproximação, mas uma área gramada separa os portões da frente das árvores. Esse “canal” tem aproximadamente 12 metros de largura, e provê uma área sem cobertura para dificultar a invasão potenciais intrusos. Também é aqui que a maioria da prática de armas acontece (somente Hollywood poderia fazer um templo tão grande que todas as suas funções ocorressem dentro de suas muralhas). A entrada principal é barrada por dois enormes portões de madeira, que se fecham em ângulo exato entre si; um abre como uma porta comum e o outro desliza lateralmente da parede à outra porta, provendo proteção extra contra ataques. Normalmente os portões frontais são usados em ocasiões cerimoniais como a promoção de um monge. Hoje o portão está fechado, então devemos entrar por um menor em um dos muros laterais.
Conforme você anda pelo muro lateral pode observar alguns monges tocando instrumentos musicais tradicionais ou participando de uma discussão filosófica com um monge mais experiente. Embora os filmes mostrem Shaolin como super soldados com testosterona extra, os templos eram na verdade centros culturais, algo como as universidades modernas. Acredita-se que a maestria somente se alcançava com a obtenção de harmonia do corpo, mente e espírito. Cada monge, portanto, era versado e mais do que artes marciais, o que na verdade era considerado um dos menores níveis de conquista. (aqui devemos discordar; Shaolin não depreciava o seu kung fu, mas o via como um todo, e incompleto o praticante se tudo que podia fazer bem era lutar. O kung fu gerava uma paz de espírito através da compreensão das capacidades marciais que desenvolvia, mas era usado principalmente para disciplina física. Esperava-se que essa disciplina fosse usada para aperfeiçoar a pessoa como um todo.)
Você entra por um estreito portal de pedra e passa por outro jardim, possivelmente plantado com uma variedade de flores. Num pequeno pátio adjacente alguns discípulos estão treinando kung fu. Ao longo do muro há bancos onde os estudantes mais novos estão medindo roupas, fazendo cestas ou praticando caligrafia. Uma construção de pedra à esquerda é o celeiro, e logo a frente há mais monges fazendo farinha. A toda a sua volta há pessoas com suas tarefas mundanas, pois essa é a área central onde a comida é estocada e preparada; estudantes estudam e os negócios diários com o mundo externo acontecem. Uma estrutura larga há vinte metros à direita se parece com um templo, você entra e numa pequena área de templo com um altar, estátuas e incensos acesos no fundo da construção. Este não é o templo principal, mas uma área de meditação para discípulos e estudantes. É onde eles recebem suas instruções em meditação e visualização matinais e noturnas, e durante o dia os discípulos aprendem outros aspectos de coordenação.
É onde você pode notar que nem todos os habitantes são homens, e nem são homens todos os aspirantes a monges. O Shaolin se dedicou à universalidade da experiência humana, e não negou ninguém com qualificações para admissão (novamente ao contrário da televisão). Entre os mais famosos Shaolin estavam algumas das “freiras” incluindo a co-fundadora do estilo do dragão verde Ng Mui eundadora do Wing Chun, Ng Mui (separadas por dez gerações e provavelmente sem relação), e outras. A idéia chauvinista de que Shaolin era somente para homens somente é declamada audivelmente pela existência de dois os mais famosos templos e prestigiosos estilos. Quanto ao termo “freira”, uma má escolha, mas como o termo “padre” foi tirado de uma estrutura familiar de missionários cristãos para nomear suas contrapartes “pagãs”. As mulheres no templo tinham os mesmos direitos, privilégios, responsabilidades e ofícios que os homens. Todos eram chamados (tradução pobre) de “monges”. Somente títulos específicos eram relacionados ao gênero (veja Hierarquia), como as mulheres mais velhas, que eram chamadas de “irmã mais velha”, ou mestres de treinamento que eram chamas de “tia” e assim por diante.
Saindo da porta e continuando à esquerda você anda por um belo jardim cujo caminho serpenteia por curtas ilhas de grama e areia cuidadosamente varrida e cascalhos. Pequenas árvores pontilham entre as ilhas. Há um lago de peixes de um lado ao lado do qual há um monge sentado em meditação. No final há alguns estudantes, também meditando. Sua entrada termina abruptamente num outro muro, e você pode ir para a direita ou para a esquerda; indo para a direita eventualmente chega ao fim do muro, que é a face sul da principal construção cerimonial do templo. A frente, há uns 60 metros está o portal principal de novo, mas viramos para a esquerda e continuamos através do pátio em direção à entrada do templo. Subimos em três lances de escada de pedra e passamos por uma porta intrincada cujos lados são suportados por colunas entalhadas para se parecerem dragões em vôo com extremidades coloridas de dourado e corpo em verde escuro. Acima da entrada há uma placa vermelha como caracteres dourados que podem ser traduzidos em “Templo Shaolin”. Enormes portas de madeira estariam normalmente fechadas, exceto pelo fato de que o templo está em uso cerimonial. Então seguimos adiante.
Nossos olhos lentamente se ajustam ao interior escuro, iluminado hoje por um número mínimo de velas ao longo de cada parede. Acima da entrada os candeios são estátuas de meio a um metro de altura; ao longo da parede esquerda há várias encarnações de Buda, Bodhidarma e importantes patriarcas de Shaolin no correr da história. Na direita há descrições dos animais clássicos numa variedade de posições de luta, cada qual se postando com se estivesse se defendendo de sua contraparte humana ao longo do corredor. No final da longa parede há uma gigante estátua de Buda.
Enquanto você sai com um pequeno recuo para a porta do templo pode ver de novo a área de alimentos ao longe na esquerda, à frente as cozinhas, áreas de alimentação e dormitório, e mais à direita uma série de prédios baixos que abrigam as áreas comuns, a biblioteca e áreas de estudo. Você anda pelo salão de jantar até outro estreito pátio ladeado de um muro baixo. Em frente a cada porta há uma área para treinamento e instrução de kung fu – essas são as legendárias salas.
As áreas de treinamento de Shaolin assumiram um status praticamente mítico entre os artistas marciais, provavelmente por causa dos legendários resultados de seus bem sucedidos estudantes. Na verdade as salas eram simplesmente áreas de treinamento para diferentes aspectos do kung fu. Algumas eram específicas, onde se aprenderia as kuen (formas) do tigre ou dragão. Outras eram lugares para o desenvolvimento muscular como a sala de treinamento da posição do cavalo ou a de carregamento de água. Outras ensinavam coordenação e reflexos, combate, uso de armas, e meditação e visualização de técnicas. O número real de salas variava dependendo de qual templo você estava, da combinação de habilidades ensinada como foco pelos mestres específicos, e naturalmente do tamanho do templo. No Cantão por exemplo, muitas salas serviam para duas ou três funções. Você podia estudar uma forma de garça na sala 4 às oito da manhã, praticar luta lá ao meio dia e voltar para exercícios de coordenação às cinco da tarde.
É importante ressaltar que há mais mitos em torno das nossas crenças sobre os monges Shaolin do que deveria. Entre as falácias rapidamente descartadas estão: os Shaolin eram todos homens, todos celibatários, eram principalmente guerreiros, estudavam principalmente kung fu, eram todos médicos treinados, e eram diferentes das outras pessoas de alguma forma. Os mitos colocam pessoas reais em pedestais, e não fazem nada por estudantes potenciais. Os Shaolins tiveram seus heróis e vilões, monges ascetas e rebeldes políticos, celibatários devotos e fecundos parentes.
A crença mais universal parece ser que Shaolin era um lugar para estudar, primeiro e acima de tudo, kung fu. A China tem uma história de centenas de artistas marciais, sendo somente uma pequena fração de verdadeiros praticantes “Shaolin”, então não era necessário ir a um templo para aprender luta. De fato o lado combativo do kung fu era ensinado aos discípulos Shaolin como significado de combate ao self, para restringir o ego e desenvolver o domínio físico sobre o seu próprio corpo. Considere o quão pouco controle real as pessoas geralmente têm sobre si mesmas. Nunca estamos longe de uma grosseria “patológica”, ou pessoas que revive suas energias físicas para pouco benefício. Quando Bodhidarma instituiu as práticas que evoluíram no kung fu sua principal preocupação era de tornar os monges suficientemente fortes fisicamente tanto para suportar o estilo de vida isolado e o decepcionante e exigente treinamento que a meditação requeria. De fato um dos mais antigos axiomas Shaolin é “aquele que entra em combate já perdeu a batalha”. Essas filosofias geram terríveis plots para filmes.
As fases iniciais do treinamento Shaolin envolviam muito do que chamaríamos de gramática escolar (para muitos estudantes a entrada acontecia com dez anos). Longos dias eram gastos aprendendo a ler e escrever, e caligrafia de qualidade era vista como sinal de boa educação. Os estudantes também aprendiam matemática, história, etiqueta, filosofias taoísta e budista, pintura, música, trabalho têxtil, agricultura, cerâmica e cozinha. Ser nada menos do que auto-suficiente era visto como uma falha no regime de treinamento. Estudantes mais velhos e discípulos freqüentemente escreviam livros de história, poesia ou história natural, enquanto outros formavam grupos musicais (comumente com um mestre ou dois), pintura ou aprendiam medicina. Era um dos desenvolvimentos do lado cultural da vida fortemente marcada naquele que estivesse na comunidade Shaolin.
Por conseqüência há preferencialmente uma grande quantidade de espaço construído para abrigar uma biblioteca, materiais de arte, área de música e outras práticas do dia-a-dia. Tais interesses eram ativamente encorajados e para novamente traçar um paralelo com as universidades ocidentais, esses monges eram ensinados a passar por sessões em comunidades locais. Monges itinerantes levavam arte, leitura, medicina e agricultura a vilas remotas enquanto as pessoas próximas ao templo vinham para sessões em todos esses tópicos. Principalmente, entretanto, eles vinham para ajuda médica e na agricultura, já que muitas vilas chinesas não eram tão ativas intelectualmente como alguns nos fariam acreditar.
Agora para notas controversas: nossos instrutores, todos produtos dos templos antigos, ensinados que se uma pessoa estuda Shaolin e aprende um pouco mais do que kung fu, ele não era Shaolin. Todas as artes do templo procuravam levar a pessoa mais perto da iluminação ao prover ferramentas para construir uma pessoa por completo, ou o que costumamos chamar uma pessoa da Renascença. Uma pessoa comum de muitos trabalhos, mestre em um ou dois, essas são as qualidades que definem um monge de acordo com aqueles que há muito fizeram essas designações na China. Se você é uma pessoa jovem em idade escolar, não sacrifique os estudos pelas artes marciais. Mesmo que você aprenda essa habilidade, uma ferramenta sem corte é uma ferramenta de uso limitado.
Fonte: www.shaolin.com

Dança do Dragão


Dança do DragãoSão criados dragões com o corpo coberto com remendos de ouro e prata para demonstrar esta arte durante o dia.Há alguns tipos de Dragão como o dragão errante com a característica exterior, com peso variado em até 20 quilos. Há tambem o dragão colorido que utiliza cores diferentes.
Dentro de cada parte do dragão tem uma vela que ilumina ele por inteiro. Enão são executados movimentos que aparentam um dragão flutuando entre as nevens. Existe também o dragão de fogo que é dividido em círculo.
São prendidos no corpo incesnsos para que se transforma em um dragão de fogo. Também há o dragão de madeira, às vezes chamado de o dragão bêbado que é executado durante o 8º dia do 4º mês no calendário lunar chinês. A cabeça deste dragão é feita de madeira e pesa vários quilos,o homem que segura a cabeça do dragão está normalmente bêbado, assim o resto dos dançarinos vão seguindo o primeiro homem com os seus passos de bêbados.
A cor do dragão também tem vários significados. Dragões verdes são considerados auspiciosos. É popular entre as massas e é utilizado nas festividades importantes como Yuan Hsiao Festival. Este dragão é feito nas festividades para trazer prosperidade e paz. O dragão amarelo representa realeza. Como amarelo é a cor oficial do imperador, as massas não são permitidas usar os dragões amarelos, esta cor só pode ser vista em tribunais imperiais e templos.
O dragão vermelho simboliza coragem. O dragão vermelho raramente é usado porque sua cor representa fogo. O dragão azul que é realmente luz azul raramente é usado. O dragão branco simboliza pureza e justiça, mas os chinêses consideran o branco como uma cor azarada, portanto este dragão raramente é visto.
Como guia para o dragão, há a pérola de dragão amoldada como uma bola, e dentro desta bola ha um carvão iluminado que é usado para conduzir a dança do dragão,ou seja, o Dragão fica em uma perseguição perpétua atrás da pérola.
A pérola é dirigida por um portador que conduz o dragão com seus movimentos complicados. A dança normalmente expressa a emoção do dragão. Alegria é representada pelos movimentos gentis e elegantes. Agitação é expressada por torções voltas subitas.
Nomes fantásticos são as vezes usados para descrever estes movimentos que o Dragão faz como :
Briga de Dragão Dobro para a Pérola, Dragão Feroz Cruza o Rio. Os movimentos básicos do dragão, giros, saltos, agaixamentos, sacudidas, torções, e muitos outros. São exigidos de todos os dançarinos a coordenação dos movimentos para poder expressar o espírito galante do dragão.

Tai Chi


vídeo Beijing Wushu Team


Sobre o estilo Xing Yi Quan


Xing YiÉ um estilo interno conhecido por seus movimentos dinâmicos e explosivos. Xing ou forma, é derivado de imitar os movimentos lutadores de 12 diferente animais. Yi ou intençao recorre ao espírito elevado dos animais na ação. Quan literalmente punho de meios. Então, Xingyiquan é traduzido como Punho de Forma/intenção.

Sobre o estilo Xing Yi Quan

Este estilo consiste em cinco movimentos fundamentais: Pi (Divida), Zuan(Broca), Beng (expandir), Pao (Canhão), e Heng. Os cinco movimentos são correspondidos com Metal, Madeira, Água, Fogo e Terra. É caracterizado por movimentos lineares e ofensivos como um modo de defesa.
Movimentos de Xingyiquan são fáceis aprender, mas para dominar requer dedicação e trabalho duro. É uma excelente introdução para o lado interno de artes marciais que treinam o artista marcial para o externo. Também é um estilo de transição excelente para Taijiquan. No Brasil existem diversos representantes do estilo.
Fonte: Portaldekungfu.com

Wushu Moderno



changquan

Changquan

(Punho Longo/Punho do Norte)
É um termo genérico destinado a todas as escolas Shaolin. Consiste em movimentos vigorosos das mãos, saltos em grande altura, giros rápidos do corpo e sequencia de chutes e socos fulminantes.

daoshuDao Shu

(Arte do Facão)
Consiste em variados movimentos de giro de corpo combinado com técnicas de defesa, ataque e bloqueio com facão.


gunshu

Gunshu

(Arte do Bastão)
Consiste em movimentos que incluem estocadas, movimentos circulares, velocidade e força, mantendo o equilíbrio e precisão no final do impacto.


jianshu

Jianshu

(Arte da Espada)
Consiste em movimentos ofensivos e defensivos. Esta técnica trabalha suavidade, velocidade, giros, equilibrios com o movimentos continuos do corpo.


qiangshu

Qiangshu

(Arte da Lança)
Consiste em movimentos de defesa e ataque combinados, com giros de corpo com técnicas de perfuração, empurrão e estocadas.


nanquan

Nanquan

(Punho do Sul)
É um nome comum aos estilos populares nas áreas do sul do rio Yang Tsé abrangendo as províncias de Guagdong, Fujian, Hunan, Zheijiang, Jiangsu e Sichuan. Consiste em uma série de técnicas de mãos, corpo em posição baixa e combinação de movimentos vigorosos. Em alguns momentos o praticante dá um “grito” para acentuar um movimento liberando a enorme quantidade de energia necessária à sua execução.

nandao

Nandao

(Facao do Sul)
Consiste em variados movimentos de força e equílibrio combinados com técnicas de defesa e ataque e bloqueio de facão.


Tai Chi Quan

TaiJi Quan

(Tai Chi Chuan)
Consiste em movimentos de tai chi com as mãos livres visando uma performance marcial, qualidade técnica e saltos acrobáticos.


Tai Ji Jian

Tai Ji Jian

(Tai Chi Espada)
Consiste em movimentos de tai chi com as espada visando uma performance marcial, qualidade técnica e saltos acrobáticos.


sanda

Sanda

(Luta de Contato)
Consiste em uma luta de contato com o uso de protetor para cabeça, abdômen e luvas. Nesta técnica são utilizados chutes, agarrões e projeções.
Fonte: Portal de Kung Fu